Nascimento do blog

Era uma vez...

Não é assim que começam todas as histórias?

Nesse caso é diferente. É assim que “terminam” todas as histórias.

Você deve estar se perguntando que maluquice é essa. Afinal, não se subverte uma regra tão importante sem pagar um preço. Será? Depende do ponto de vista.

Era uma vez, aqui, significa mais que o final de uma história, mas o começo de uma outra que espero, de coração, tenha uma vida longa.

Foi assim.

Dias normais, vida monótona, insatisfação total. Tanta coisa para fazer e nada a ser feito ! Até que, por força do hábito, aconteceu mais uma das minhas idéias geniais. Só para esclarecer, tenho um baú enorme, cheio de “idéias geniais” – que nem sempre dão certo. Aliás, “nem sempre dão certo” é uma expressão carinhosa. Elas NUNCA davam certo. Mas devo confessar que proporcionam momentos inesquecíveis . É uma vantagem, afinal, ninguém pode passar por essa vida sem ter uma história para contar pros netinhos. Mesmo que seja para eles morrerem de rir.

Precisava fazer algo que fizesse a diferença. Mas quando se tem muitas aptidões ,tudo é mais difícil. Não deveria, né? Afinal, quanto mais capacidade, mais possibilidades. ERRADO. Cheguei à conclusão que a ignorância pode ser, muitas vezes, a maior geradora de felicidade.

Pois bem. Liguei o computador e comecei a fazer minhas pesquisas. Sou artista plástica e designer, com formação principal em design gráfico e web. Resolvi que ia dar uma aplicação para meus conhecimentos nessa área. Pesquisa vai, pesquisa vem, e a idéia surgiu: ia ser repórter. Tudo a ver, né? Pronto. Problema resolvido. Agora era só uma questão de saber o que fazer com isso. Internet na mão, tela na frente, a solução era fazer uma revista. Putz, mas que revista? Falar o que? Para quem?

Como todo ser humano formado em Direito – sim, sou formada nisso, trago no sangue uma dose extra de indignação social e política. Bingo ! Tinha achado o tom do meu meio de comunicação. Mas e o nome? PUTZ. Isso. PUTZ. Mas putz sozinho podia parecer esquisito e optei por PUTZGRILA. ( hoje eu vejo que a idéia não poderia ter sido mais infeliz. se putz era estranho, putzgrila era pior.)

Criei a revista on line. Escrevia feito doida, mas ninguém lia. Não que os textos fossem ruins. Ruim era a minha capacidade de divulgar a bendita. Resolvi que, se criasse um símbolo seria mais fácil. Mas qual? Caneta em punho, papel de desenho e lá fui eu, rabiscar. Foram alguns dias de papéis amassados, até que , finalmente, nasceu a cobrinha. Era o símbolo do self com grandes cílios e salto ! Uma gracinha.

Devo confessar que o layout da revista era de muito bom gosto. Colorida, alegre, tudo de bom. Estava em êxtase. Mas tinha que achar um jeito de fazer a revista dar certo, sob pena de morrer a idéia sem ter decolado. Foi aí que veio outra idéia brilhante!

Reunião com amigas de infância, depois de muita gargalhada e montes de besteiras, chegamos a conclusão que todas estávamos sentindo falta da mesma coisa: ajudar os outros.

E foi assim que nasceu outro filhote. Não mais a revista, mas um blog: Somos Todos por um , cujo objetivo é levar informação educativa com uma linguagem acessível e ser uma ponte entre instituições que ajudam pessoas carentes e a sociedade, divulgando trabalhos de gente que realmente faz a diferença.

A casa é de vocês !

Cristina Rabello